11.4.07

dia de tempestade

guardo a última lágrima de saudade
como um pássaro guarda o ninho

a lágrima, quero vertê-la em precipício:






profundo

quero que seja precipitada porque ainda é nuvem

quando eu disser adeus,
quando eu alçar voo deste solo,
quando da nossa despedida,

seja você abraço meu

quando me vir pela última vez,
seu guarda-chuva, não o abra

porque serei tempestade

6 comentários:

Anónimo disse...

Sem guarda-chuvas...
Pode ficar uma garoinha fininha caindo pra sempre sobre minhas costas?

Amor,

Lilian

Unknown disse...

Que produção linda! que instante...Isso te traz mais aqui e eu fico inspirado,muitas saudades!!!

Leonardo Valle disse...

ro...voce nao sabe o turbilhao de emoçoes que desperta em mim com apenas um texto. Foi assim desde a primeira vez que eu li algo seu e acho que assim será para sempre.
lindo, intenso, profundo..
te adoro e admiro querido
e obrigado pelo comentario. enriqueceu meu blog

XXX
léo
ps - precisamos conversar..sdds/nvdds

Anónimo disse...

Lágrimas só caem em morte.
Que gera a saudade.
Voar faz parte da vida. O abraço é um até logo, até daqui a pouco.
Porque o longe "é logo ali", onde longe estarei perto logo.
A última vez não será enquanto pulsar o coração.

Anónimo disse...

Bonita poesia. Obrigado por partilhar os seus sentimentos errantes. Após a tempestade sempre vem a bonança, solte o seu guarda-sol e cubra-se de luz.

Flávia disse...

Toda vez que leio esse poema:

o meu coração fica pequeno e grande, pequeno e grande, pequeno e grande, pequeno e grande.

E eu perco a respiração.