na veste, a palavra corrida é texto
um emaranhado de fios na tecelagem
um corpo meu que se despe de sílaba em sílaba
toda palavra minha é um pouco de tecido
é um pouco de pele
um pouco de ideia
e textura
vezes que sou continente,
sou razão
vezes que sou conteúdo,
sou instinto
cada letra de mim
se perde em minha nudez
que devora
um
a
um
os olhos de quem me lê