- mas o circo te chamou?,
perguntou aflita
mais alguns instantes:
- mas saiba que vida de circo não é fácil,
afirmou como se já houvesse passado anos sob a lona
mais aplausos
eu, debaixo da barra de sua saia ainda,
tentando me equilibrar na bamba faixa de pedestres das ruas que hoje atravesso sozinho,
sem mãos dadas,
vejo na plateia
holofotes vermelhos,
velas verdes,
mas seus olhos (os dela), são um brilho amarelado de alerta:
- espere aí, meu filho
sem mais, nem mas:
- sim, mãe, o circo me chamou.
Quer pipoca ou algodão doce?,
eu ofereço meu mais novo espetáculo
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