no segredo da buzina,
há um som que grita meu nome,
que não é grafado em naftalina
porque não tenho desejos voláteis
há uma alma
há uma alma
alma há uma
alma, alma
aqui dentro
caixa acústica onde deixei
meu beijo, meu cheiro, meu lápis
não espalho a cor da minha vida
porque caneta alguma risca incolor
ressonância:
alma, alma
alma há uma
há uma alma
há uma alma
eu sou o som presente imperfeito
do que cantei lá atrás
eu sou a onda curta
que o verbo nem quis conjugar
eu sou a histeria muda
de um homem que canta triste,
em falsete
eu moro no segredo da buzina
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A partir deste post, seguirei as regras do novo acordo ortográfico.
2 comentários:
Você é o som da poesia, Rominho!
lindo Rominho!
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