13.7.07

ponteiros

acabou a pilha do relógio
que arrastava o tempo entre mim e o [abraço]

o abraço tem nome

restou uma ampulheta à espera de toque e força:
amor às cegas entre antes ponteiros

não quero ser recorte, tampouco molde vazado
se há fim, que não seja da memória
terna e pura

uma palavra, descubro uma palavra ao tropeçar
ao vacilar das pernas

mas não há queda se me sento
se me silencio
enquanto o abraço respira esquecer:

[o tempo que há,
há amor]

RSO