acabou a pilha do relógio
que arrastava o tempo entre mim e o [abraço]
o abraço tem nome
restou uma ampulheta à espera de toque e força:
amor às cegas entre antes ponteiros
não quero ser recorte, tampouco molde vazado
se há fim, que não seja da memória
terna e pura
uma palavra, descubro uma palavra ao tropeçar
ao vacilar das pernas
mas não há queda se me sento
se me silencio
enquanto o abraço respira esquecer:
[o tempo que há,
há amor]
RSO